No dia 29 de Abril de 2019 foi aberta as inscrições para a Bolsa de Fotografia da Revista ZUM, que é um site do Instituto Moreira Salles (IMS) dedicado a fotografia.
Serão selecionados dois projetos inéditos, sem restrição de tema, perfil ou suporte. Ao final, os projetos selecionados serão incorporados à Coleção de Fotografia Contemporânea do Instituto Moreira Salles.
A primeira parte da inscrição é completamente online, a segunda é o envio de material impresso pelos Correios para o endereço disponibilizado no Edital. Não existe nenhum tipo de restrições acadêmicas ou profissionais para participar.
Podem participar do processo de seleção pessoas físicas e jurídicas, coletivos de artistas e fotógrafos, e estrangeiros que estão no Brasil há, no mínimo, um ano. Será vedada a inscrição de fotógrafos que já tenham obras no acervo do IMS, fotógrafos que já foram premiados com a Bolsa de Fotografia ZUM/IMS, pessoas que tenham vínculo de parentesco com algum funcionário do IMS e funcionários do IMS.
Os projetos enviados serão avaliados por uma comissão, que será constituída por curadores do IMS e um convidado de fora, com trabalho reconhecido na área de fotografia. Vão ser consideradas a qualidade artística, qualificação do candidato e viabilidade prática do projeto.
Cada Bolsa tem valor de R$ 65 mil, os selecionados terão oito meses para entregar os resultados finais. Os dois projetos que ganharem serão anunciados em Agosto no site da Revista ZUM. As inscrições vão do dia 29 de Abril ao dia 21 de Junho de 2019, clique aqui para ser direcionado ao Edital da 7ª Bolsa de Fotografia da Revista ZUM.
Bolsistas de 2018
Os dois selecionados no ano passado para a Bolsa de Fotografia foram Aline Motta e Dias & Riedweg, com os projetos "Jogo da Memória" e "Casulo", respectivamente.
Aline Motta criou um projeto "Jogo da Memória" com objetivo de unir criação literária e pesquisa de imagens, tratando de sua história familiar. Acompanhando parentes que viveram no Rio de Janeiro no período posterior à abolição da escravatura. A artista pretende descobrir o passado da família usando fotos, textos e documentos, narrando episódios de racismo, loucuras e mortes. O projeto ainda está em andamento.
Dias & Riedweg é uma dupla formada por Maurício Dias e o suíço Walter Riedweg, que criaram o projeto "Casulo" com objetivo de registrar em fotografias e vídeos o cotidiano de um grupo de pacientes do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, para tornar visível esse território de loucura e aos tratamentos que esses pacientes são submetidos. O projeto ainda está em andamento.
Bolsistas de 2017
Os dois selecionados de 2017 foram Sofia Borges e Tatewaki Nio, com os projetos “A infinita história das coisas ou o fim da tragédia do um” e "Na Espiral do Atlântico Sul", respectivamente.
Sofia Borges criou uma pesquisa visual sobre fotografias, máscaras, colagens, performance e teatro que investigam a origem do mundo, intitulado “A infinita história das coisas ou o fim da tragédia do um”. Este trabalho está conectado com outros já realizados por ela, como por exemplo a curadoria homônima realizada para a 33ª Bienal de Arte de São Paulo (2018).
Exposição do trabalho de Sofia na 33ª Bienal de São Paulo | Fonte: Site da 33ª Bienal
Tatewaki Nio criou o projeto "Na Espiral do Atlântico Sul", subdividido em três séries, que investigam as relações históricas e contemporâneas entre Lagos (Nigéria) e São Paulo (Brasil). Ele viajou entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018 para algumas cidades nigerianas, em busca da "arquitetura brasileira", ou seja, construções realizadas por ex-escravos retornados.
"Arquitetura brasileira" em cidades da Nigéria | Fonte: El País